Dados são da da Secretaria Municipal de Criança e Assistência Social.
Maioria dos jovens foi identificada no bairro Maracanã.Em São Luís, 1.639 crianças e adolescentes são submetidos à situação de trabalho infantil (Foto: Douglas Júnior/O Estado)
Dados da Secretaria Municipal de Criança e Assistência Social (Semcas),
com base em levantamento organizado de 2000 até este ano, apontam que
atualmente, somente em São Luís,
1.639 crianças e adolescentes (de 6 a 16 anos) são submetidos à
situação de trabalho infantil, fator caracterizado pelo exercício de
atividades, como por exemplo a venda de produtos alimentícios em feiras,
ruas e praias ou de funções manuais em oficinas de bicicletas e
motocicletas. Ainda segundo dados da Semcas, do total de jovens
encontrados em situação irregular de trabalho em pelo menos 20 bairros
da cidade, a maioria (12,62%) foi identificada no bairro Maracanã.De acordo com a Semcas, por meio do Programa de Erradicação do Trabalho Infantil - o Peti - (que recentemente se adequou a mudanças propostas pelo Ministério do Desenvolvimento Social no tratamento dos jovens sujeitos à exploração do trabalho infantil), desde 2009 foram assistidas 3.140 crianças e adolescentes identificados em situação de vulnerabilidade social (agravada muitas vezes pela ausência de medidas socioeducativas, seja no ambiente familiar ou ofertada pelo poder público).
Desse total, 129 jovens, por já terem alcançado mais de 16 anos , foram desligados do auxílio. Do público que deixou o programa, mais da metade (62,7%) é constituída por jovens oriundos de áreas urbanas.
Das 3.140 crianças e adolescentes assistidos pela Semcas, 1.642 são do sexo masculino e 1.498 são do sexo feminino. Segundo a coordenadora do Peti da Semcas, Rosângela Mota Miranda, existem vários malefícios que podem ser citados contra os jovens que estão sujeitos a qualquer tipo de atividade ligada a trabalho.
"É importante salientar que crianças e adolescentes que trabalham ficam expostos a riscos físicos, psicológicos e morais. A infância deve ser protegida por ser o período de formação física e psicológica. Nessa fase, o desenvolvimento físico não está completo. As crianças e adolescentes que trabalham podem sofrer com deformação óssea e muscular, contaminação por agentes tóxicos, podem ser acometidas de fadiga, desidratação, insolação e a vários outros riscos que, dependendo do trabalho que executam, elas estão expostas", disse.
Ainda segundo a coordenadora do Peti da Semcas, os dados coletados serão reunidos em um diagnóstico da situação de vulnerabilidade de crianças e adolescentes, na capital maranhense, que servirá de base para a elaboração do Plano Municipal de Erradicação do Trabalho Infantil - cuja finalização deverá ocorrer até o segundo semestre deste ano. "Esse será um passo importante para a complementação de medidas para o combate dessa prática ainda comum na cidade", disse.
Fonte: G1 MA
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