O amor que não deixa nada faltar
Caríssimos irmãs e irmãs!
O Senhor mostra-nos que assim como o Pai o amou, assim também Ele nos ama.
É neste amor do Pai ao Filho e do Filho ao Pai que devemos assentar-nos e
alicerçar-nos. Por isso Ele diz: “permanecei no meu amor”. Não é no amor
sentimento humano, mas no amor de Deus. Porque se guardarmos neste amor os
mandamentos Dele e permanecermos neste amor, como Ele guardou os mandamentos do
Pai, nós seremos fecundados pela força de um amor que não nos deixa nada
faltar.
O amor a ser vivido nos assiste em tudo, sobretudo, a sabedoria para
sabermos conduzir a nossa vida. Ele afirma que tudo isto diz-nos, para que em
nós esteja uma alegria duradoura, que só nos vem na medida em que cumprimos
este mandamento de amar uns aos outros, asim como Ele nos amou. Amar de verdade
não é cultivar apenas qualquer tipo de sentimento de afinidade, é mais. O amor
maior tem aquele que oferece a vida pelos amigos.
“Vós sois meus amigos se fizerdes o que vos mando”. E não chama-nos de
servos, mas de amigos, porque nos confia o mesmo que o Pai lhe confia. Ao mesmo
tempo, chama-nos a compreender que esta não é uma escolha nossa. Se não
obedecermos esta escolha Dele, quando diz, “não fostes vós que me escolhestes,
mas foi Eu que vos escolhi e vos designei para irdes e produzirdes frutos”, se
não permanecermos fracassaremos. Porque só na medida em que permanecemos no seu
amor é que seremos atendidos em tudo quanto pedirmos ao Pai.
Mas a condição é esta: o amor mútuo, assim como ele nos amou e se entregou
por nós. Esta experiência só é possível para quem cultiva o penhor do Espírito
e vive a esperança da vida eterna, junto de Deus para todo o sempre!
Padre Iran Gomes Brito
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