Desatar os nós dos nossos corações
Caríssimos irmãos e irmãs!
A nossa justiça, diz o Senhor, deve superar a justiça dos mestres da lei e
dos fariseus. Eles cumpriam adequadamente o mandamento de não matar. O Senhor
nos pede mais... Diz: “não matarás. Quem matar será condenado no tribunal”,
para reforçar em nós a especialidade do seu pedido. Pois expressa: “todo aquele
que se encoleriza com o seu irmão será réu em juízo. Quem chama o irmão de
patife, será condenado. E quem chama o irmão de tolo, irá para o fogo do
inferno”. São palavras fortes com o objetivo desatar os nós dos nossos corações
que impedem-nos de vivermos fraternalmente com todos.
O senhor desafia-nos a sermos especialistas no relacionamento, no
desenvolvimento de uma grande competência de reverenciar e respeitar cada
pessoa, mormente os pobres, os sofredores e quem precisa do nosso carinho e
dedicação amorosa. Para dizer, devemos ser excelências no trato com cada pessoa
humana, tratando a todos com especial afeição e veneração. Não podemos, por
exemplo, fazer do nosso coração um altar de mágoas, de ressentimentos e de
sentimentos que nos desfiguram, na nossa condição de filhos e filhas de Deus.
Por isso, diz-nos o Senhor, “quando estiveres indo levar a tua oferta para
o altar e lembrares que teu irmão tem alguma coisa contra ti, deixa a oferta
diante do altar”. Em outras palavras, o Senhor está nos dizendo: é preciso
reconciliar-se. Não podemos viver uma vida distante e na inimizade. Só temos
condição moral de apresentar a Deus a nossa oferta, sobretudo, a oferta da
nossa vida se o nosso coração estiver purificado. Daí a importância de
buscarmos a reconciliação com aquele que se põe como nosso adversário.
Padre Iran Gomes Brito
Nenhum comentário:
Postar um comentário