Se
Eu não for, não virá até vós o defensor
Caríssimos irmãos e irmãs!
Somos chamados a compreender
o quanto é bonito, importante e fecundo o chamamento que o Senhor nos faz para participar
da sua intimidade. Uma intimidade que nos faz crescer, dar-nos envergadura e se
torna para nós a fonte do amor de que precisamos. O Senhor chama os discípulos
a compreenderem que esta participação na sua intimidade dará a eles a condição
de serem Cristo continuado na história.
O senhor interpela os seus
discípulos ao dizer, “parto para Aquele que me enviou, e nenhum de vós me
perguntas para onde vais? Porque eu vos disse que parto, os vossos corações e
encheu de tristeza”. Ora, o nosso coração enche-se de tristeza na medida em que
nós não sentimos a força da presença amorosa de Cristo. O coração se enche de
alegria e de força na medida em que sentimos, experimentamos e temos a certeza
da presença de Cristo.
O Senhor, por essa razão
diz, “é bom para vós que Eu parta. Se Eu não for, não virá até vós o defensor,
mas se Eu me for, Eu vo-lo mandarei”. Precisamos do defensor que é o Espírito,
ele que produz em nós a compreensão, a clara evidência, o gosto e a coragem daí
nascida de continuarmos o caminho. É o Espírito que nos ajuda a compreender a
dinâmica do mundo assentada sobre a dinâmica do pecado.
Vale, portanto, como Ele
disse, compreender que o pecado é, sobretudo, não acreditar Nele, Cristo. Quem
nele não acredita pega o caminho na contramão da verdade e do bem. Mostra-nos,
Ele igualmente a justiça, porque indo para o Pai, não o veremos enquanto
realidade física, mas como manifestação do Espírito Santo.
Assim, a experiência
determinante da nossa vida é a nossa inserção em Cristo, mormente pela
Eucaristia e escuta da Palavra. Abramos, pois à ação do Espírito de Deus em nós
derramado!
Padre Iran Gomes Brito
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