Governo do
Estado de São Paulo foi condenado no mesmo processo.
Caso
aconteceu no ano de 2008 em escola pública de Guarujá (SP).
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Escola Estadual Prof Raquel de Castro Ferreira em Guarujá (Foto: Reprodução/Google Street View) |
Em 2008, a professora da Escola Estadual Professora Raquel de Castro Ferreira disse aos estudantes, durante uma aula, que 'pessoas negras são burras e não conseguem aprender'. O comentário considerado ofensivo foi gravado pelo celular de um dos alunos.
Apesar do Estado ter entrado com recurso argumentando que o caso não passou de um "mero aborrecimento", o desembargador Rebouças de Carvalho não acatou o pedido. Na última quinta-feira (17), ele confirmou a condenação tanto da professora, quanto do governo.
“Os fatos ocorreram no interior de uma escola pública e motivado por comentário infeliz e impróprio, ainda que episódico, e vindo de uma professora, ganha ainda contornos mais graves, isso porque a escola é o local da convivência, do incentivo à liberdade da tolerância e do respeito e, ainda, da promoção da dignidade humana. Referido tipo de comportamento de quem tem o dever de ensinar não pode ser admitido, devendo ser coibido”, ponderou.
A decisão da 9ª Câmara de Direito Público do Tribunal de Justiça de São Paulo confirmou a sentença que já havia sido assinada pelo juiz Marcelo Machado da Silva, da 4ª Vara Cível de Guarujá. Entre as provas colhidas durante o processo, está a gravação contida em um celular demonstrando que a professora se referiu "às pessoas de pele negra como sendo pessoas 'burras' e que não conseguem aprender".
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