Lagoa de Silfra é um dos lugares mais frios do mundo para mergulhar.
Do G1
Victor Hugo Paca
Internauta, da Holanda
“O que mais me encantou foi, com certeza, o visual do lugar. Fascinante. Natureza para todos os lados”, conta o leitor (Foto: Victor Paca/VC no G1)
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A possibilidade de fazer um mergulho sob o famoso "sol da meia-noite" atraiu o leitor Victor Hugo Paca, de 40 anos, para a Islândia. O fenômeno -- dias que têm praticamente 24 horas de claridade -- ocorre nos meses de verão em locais de altas latitudes como Canadá, Dinamarca, Noruega, Suécia e extremidades da Islândia.
Ele escolheu para a atividade a Lagoa de Silfra, localizada a 45 minutos da capital, Reykjavik, considerado um dos lugares mais frios do mundo para mergulhar.
Só é possível entrar na água -- que tem temperatura de apenas 2°C -- usando o dry-suit, vestimenta com isolamento térmico que cobre todo o corpo com exceção do rosto e mãos. O mergulho dura entre 30 e 40 minutos, para evitar que as partes descobertas sejam machucadas pela baixa temperatura da água.
O frio compensa: a visibilidade na Lagoa chega a 100 metros abaixo da superfície. Mas só pode mergulhar lá quem tem certificado. Iniciantes podem recorrer ao snorkeling (mergulho em águas rasas).
Há peixes no lago, mas, no roteiro feito pela operadora de mergulho com Victor, não foi possível ver muita vida marinha. Ele conta que viui musgos, algas e algumas espécies de vegetais. Segundo o brasileiro, a principal atração da atividade é a oportunidade de ver claramente a separação das placas tectônicas da Eurásia e da América do Norte.
A viagem durou 14 dias e cativou o mergulhador. “O que mais me encantou foi, com certeza, o visual do lugar. É fascinante, natureza para todos os lados”, conta.
Tubarão defumado
"O que me marcou mais foi o mergulho. Imperdível e indescritível”, afirma o engenheiro hidrólogo. (Foto: Victor Paca/VC no G1)
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Além do mergulho, o festival de música "All Tomorrow Parties" foi outra motivação para a visita de Victor à Islândia..
Victor faz doutorado na Holanda. Ao marcar sua ida à Islândia para julho deste ano, contatou uma operadora de mergulho. “O mergulho é uma terapia, um dos esportes mais relaxantes que há. Tomando todas as precauções necessárias antes de entrar na água, controlando a respiração, e prestando atenção nos detalhes, é como estar meditando”, explica.
Além do mergulho, Victor também voou de parapente, uma combinação de asa delta com paraquedas. “Foi outra experiência fascinante”, afirma o engenheiro hidrólogo.
A gastronomia não foi um problema para o leitor. Não tendo nenhuma restrição alimentar, Victor aproveitou para experimentar os pratos típicos. “Comi tudo que podia. O puffin, que é a ave local, baleia, carne de cavalo e tubarão defumado”, enumera.
Victor acredita que enfrentar os receios é o primeiro passo para conhecer o mundo. “Mexer na maçaneta da porta, abri-la e não ter medo! O mundo está aí para nós. Não será o mundo quem abrirá a nossa porta”, finaliza o leitor.
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